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'Governo não teme investigação', afirma Dilma sobre CPI

Ministra defende que investigação inclua gastos a partir do governo FHC; ela quer comparação com Estados

Por Wellington Bahnemann e da Agência Estado
Atualização:

A ministra chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, afirmou nesta sexta-feira, 15, que o governo não teme "nenhuma investigação" sobre os gastos com os cartões corporativos, referindo-se à CPI mista protocolada no Senado na última quinta-feira. "Nossa liderança se posicionou favorável a realizar a CPI", afirmou.   Veja também:   Entenda a crise dos cartões corporativos  Guerra não descarta abertura de CPI dos cartões no Senado Governo não abre mão de comando da CPI   Dilma defende que a investigação inclua os gastos a partir 1998 (na gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso) para que se verifique a melhora das despesas com cartão corporativo. Segundo a ministra, a CPI é importante para que se aperfeiçoe a utilização do cartão corporativo. "Muita coisa precisa ser aperfeiçoada, só não podemos achar que o cartão é mau."   "O cartão é a melhor maneira de controlar essas pequenas despesas. Não apenas a União instituiu o cartão como também reduziu esses pequenos gastos. Em 2001, essas despesas eram de R$ 233 milhões. Ano passado, elas foram de R$ 177 milhões. Só não foi menor porque houve gastos com o Censo Agropecuário e com o Panamericano", disse.   Apesar da celeuma envolvendo os cartões corporativos, Dilma afirmou que todo órgão público, seja prefeituras ou estados, utiliza esse meio de pagamento. Ela inclusive cobrou que se compare os gastos da União com outros Estados. "Li na imprensa que em São Paulo esse gasto é de R$ 108 milhões. É preciso olhar proporcionalmente, porque nós cobrimos do Oiapoque ao Chuí", disse.

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