Governo não desistiu de licitar estradas, diz ministro

A concessão de sete trechos de rodovias federais, suspensa há duas semanas pelo governo, aparece na lista de projetos do PAC, divulgada nesta segunda-feira

Por Agencia Estado
Atualização:

O ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, afirmou nesta segunda-feira que o governo "não suspendeu seu interesse" na concessão de rodovias para exploração da iniciativa privada. A concessão de sete trechos de rodovias federais, suspensa há duas semanas pelo governo, aparece na lista de projetos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), divulgado nesta manhã pelo governo. No PAC, o governo estima que as empresas que assumirem a concessão dos sete trechos cuja licitação havia sido suspensa (no total de 2,6 mil quilômetros de extensão) deverão investir R$ 3,8 bilhões nas estradas nos próximos quatro anos. "O que dissemos e reafirmamos é que o governo está avaliando os estudos feitos, a modelagem (do leilão)", disse Passos, em entrevista coletiva na qual detalhou medidas previstas no PAC. Na parte da manhã, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, já havia dito que o governo está adaptando o edital à diminuição das taxas de juros, já que a redução dos custos dos financiamentos feitos pelos concessionários pode ajudar a reduzir os preços dos pedágios. Numa reviravolta que surpreendeu até mesmo integrantes do governo, o Planalto anunciou no dia 8 que desistiu de conceder à iniciativa privada sete trechos de estradas federais, como a Fernão Dias e a Régis Bittencourt. A expectativa do Ministério dos Transportes e da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) era de que o edital fosse lançado ainda neste mês. O diretor da ANTT José Alexandre Resende disse à época que o edital de licitação não havia sido lançado ainda, porque era necessária uma nova resolução do Conselho Nacional de Desestatização (CND) aprovando as mudanças feitas nas cláusulas do edital referentes a tarifas.

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