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Governo mobiliza aliados para impedir convocação de Dilma

Pedidos são para explicar a suposta interferência política da presidência da República na Receita Federal

Por Denise Madueño
Atualização:

O governo montou uma tropa de choque hoje nas comissões permanente da Câmara para impedir a aprovação de requerimentos de convocação da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff; do secretário da Receita Federal, Otacílio Cartaxo; da ex-secretária Lina Maria Vieira; e da secretária executiva da Casa Civil, Erenice Guerra.

 

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Há requerimentos de convocação e convite nas comissões de Fiscalização Financeira e Controle e de Finanças e Tributação. O governo conseguiu derrubar o requerimento que propunha o convite a Iraneth Dias Weiler, ex-chefe de gabinete do secretário da Receita Federal, na Comissão de Fiscalização e Controle. A atuação da tropa de choque nessa comissão levou a oposição a recuar para não perder nas outras votações e aceitar um acordo para retirar os outros requerimentos da pauta de hoje. "A tropa não deixa votar nem moção de aniversário", afirmou o deputado Duarte Nogueira (PSDB-SP).

 

Na comissão de Finanças e Tributação, o governo está atuando para evitar que os requerimentos de convocação sejam votados nesta manhã. Na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, o DEM não conseguiu recolher assinaturas suficientes para incluir na pauta o requerimento de convocação do ministro da Fazenda, Guido Mantega. O requerimento ficou para a semana que vem.

 

Os requerimentos são para explicar a suposta interferência política da presidência da República e do ministério da Fazenda na Receita Federal, o que teria provocado a demissão de funcionários do órgão. A intenção também é apurar a existência ou não da reunião entre Lina Vieira e a ministra Dilma, no Palácio do Planalto. Nessa reunião, segundo Lina, a ministra Dilma teria pedido rapidez na investigação no âmbito da Receita sobre as empresas de Fernando Sarney, filho do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP).

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