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Governo Lula vive crise existencial, diz Garotinho

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Por Agencia Estado
Atualização:

O ex-governador e atual secretário de Segurança do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho, fez ironias com o governo Luiz Inácio Lula da Silva, ao ser entrevistado na noite passada no programa Canal Livre, da Rede Bandeirantes. "Acho que o governo Lula teve um problema de crise existencial", afirmou. E completou dizendo que esse problema começa com o ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, tido pelo próprio Lula como o gerente do governo. "Como em toda empresa, começa por ele. Mas acho que a culpa não é só dele." Para Garotinho, o presidente da República escolheu seus auxiliares como que estivesse dando um prêmio de consolação a candidatos petistas derrotados nas eleições de 2002. E desfiou alguns nomes: "Na hora em que você pega o cara que foi candidato ao governo de Sergipe (José Eduardo Dutra), que perdeu a eleição, e coloca como presidente da Petrobras; depois você pega um outro, que foi candidato a governador de Pernambuco (Humberto Costa), perdeu a eleição, dá para ele o Ministério da Saúde; pega um outro, que foi candidato ao governo do Estado de Minas (Nilmário Miranda)e perdeu a eleição, e dá para ele a Secretaria Nacional de Direitos Humanos; pega um outro, que foi candidato na Bahia (Jacques Wagner), também perdeu a eleição e virou ministro do Trabalho..." Por que ser secretário? O ex-governador explicou que aceitou ser secretário da Segurança do Rio de Janeiro por amor à capital fluminense. Lembrou que foi eleito governador com 38 anos. "Eu devo ter feito um bom governo. Veja o caso de São Paulo. O governador Geraldo Alckmin, um excelente governador, não conseguiu ganhar no primeiro turno. Teve um segundo turno disputado com o candidato Genoino. No Rio de Janeiro, o povo elegeu a minha esposa, a governadora Rosinha, no primeiro turno. Eu devo ter feito um bom governo. Aceitei esse desafio, que é ser secretário de Segurança, por um único e exclusivo motivo. Não há outro. Quem disse outra coisa, está mentindo. Eu quero dizer, olho no olho, a você que está nos assistindo em casa: por amor ao povo do Rio de Janeiro." Na entrevista, Garotinho anunciou que, a partir de dezembro, uma força especial de quatro mil novos policiais da PM fluminense estará permanentemente instalada na fazela da Rocinha.

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