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Governo investiga gasto de cartão com mesa de sinuca

Ministério das Comunicações diz não saber quem fez o gasto e ameaça punir o responsável

Por Gerusa Marques
Atualização:

O Ministério das Comunicações anunciou nesta quarta-feira, 6, que vai abrir uma investigação para apurar o uso de cartão corporativo da pasta para o pagamento da reforma de uma mesa de sinuca. A fatura de maio do ano passado do cartão corporativo, segundo matéria publicada na imprensa, revela um pagamento de R$ 1.400 em favor da DF Sinucas. Em nota, o ministério informou ainda que não sabe quem autorizou a reforma e ameaça demitir o responsável. Veja também:Entenda o que são os cartões corporativos do governo  Governo aumentará sigilo de gastos da Presidência Líder do governo protocola pedido de CPI dos cartões Suplicy defende que CPI apure gastos secretos da PresidênciaApós denúncia, governo publica mudanças para cartõesCongresso volta ao com CPI na mira e sete MPs na pautaLula nomeia secretário-adjunto para lugar de Matilde'CPI vai investigar desde 2001', diz Carlos Sampaio De acordo com o comunicado, a mesa de sinuca é de propriedade do Ministério das Comunicações desde 1992, quando houve o desmembramento do antigo Ministério de Infra-Estrutura. A mesa, que fica na sala dos motoristas do ministério, é usada por funcionários dos setores de serviços gerais durante as horas de folga, segundo a nota. O Ministério explicou que o secretário-executivo, Fernando Rodrigues, afirmou ter sido consultado sobre a reforma e negou o pedido, mas mesmo assim o serviço foi efetuado. "Ao ser identificado o responsável, será aberto um processo administrativo contra o servidor para que sejam tomadas as medidas cabíveis, até mesmo a demissão do mesmo", anunciou o ministério. O ministro Hélio Costa, que está fora de Brasília, não comentou a denúncia. O escândalo dos gastos com os cartões corporativos do governo levou, na semana passada, o ministro Hélio Costa a afirmar que cancelaria o cartão emitido em seu nome. Ele informou que manteria apenas o cartão usado para pequenas despesas de emergência, que passou a ser de responsabilidade do secretário-executivo.

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