Governo investe pouco em saúde, admite ministro

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Por Agencia Estado
Atualização:

O ministro da Saúde, Humberto Costa, reconheceu hoje que o Brasil investe pouco no setor, conforme mostrou o relatório anual da Organização Mundial de Saúde (OMS), divulgado ontem. "O Brasil gasta pouco em saúde e o mais grave é que não gastamos bem. Vamos ampliar os controles sobre os recursos que são gastos para que a gente garanta que cada centavo despendido pelo poder público chegue à população", disse. Costa se mostrou otimista em relação à votação do orçamento para 2004, na semana que vem. Deverão ser assegurados cerca de R$ 35 bilhões para o ministério - o que permitirá, de acordo com ele, que sejam financiados os projetos considerados prioritários. O ministro aproveitou para agradecer ao relator-geral do orçamento, deputado Jorge Bittar (PT-RJ), que deve recompor os recursos do Sistema Único de Saúde (SUS). O ministro viajou para o Rio de Janeiro para assinar convênios que prevêem repasse de verbas da ordem de R$ 51,1 milhões ao governo do estado e a 54 municípios fluminenses. O dinheiro deverá ser aplicado na compra de insumos hospitalares e de equipamentos, na capacitação de profissionais, reformas e construção de unidades hospitalares, além de campanhas preventivas. Os recursos são do Fundo Nacional de Saúde (Fundes) e da Fundação Nacional de Saúde (Funasa). Em 2003, segundo o ministro, houve incremento de R$ 134 milhões no total repassado ao Rio, em relação a 2002. "Não é ainda o ideal, mas iniciamos um processo de investimento real em saúde. O governo federal aumentou em mais de R$ 2 bilhões o gasto com saúde este ano", afirmou. Um ano de governo Numa avaliação do primeiro ano do governo Lula, Costa disse que, na área da saúde, foi possível dar continuidade a projetos já existentes, ampliar alguns deles e desenvolver outros. Ele destacou que foram criadas as bases para programas importantes que serão implementados no ano que vem, como o Qualisus, que visa a melhorar a qualidade do atendimento médico oferecido no País.

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