Governo interfere e quer petista no Incra-SP

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Por AE
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O governo federal decidiu apressar a sucessão no Incra de São Paulo e convidou o engenheiro agrônomo José Giácomo Baccarin para ocupar a superintendência do órgão. A mudança é uma tentativa de apagar o incêndio que tomou conta da regional, imersa em uma crise que envolve a apuração, pela Polícia Federal, de suposto desvio de verbas federais destinadas à realização da reforma agrária no Estado.Propenso a aceitar o convite, o petista, o mais cotado na lista de indicados, pediu uma conversa com o presidente nacional do Incra, Celso Lisboa de Lacerda, para tratar de rotina e agenda. Baccarin é professor de agronomia na Universidade Estadual Paulista (Unesp) e pretende conciliar os compromissos à frente da regional com a vida acadêmica.Sua indicação foi apadrinhada pelo ex-ministro Antonio Palocci, pelo ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, e pelo Secretário-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho. A escolha - a única entre os cargos do segundo escalão em São Paulo ainda pendentes - casa com um desejo da presidente Dilma Rousseff de ter nomes mais técnicos em sua administração.Os outros nomes indicados foram os de Wellington Diniz, coordenador de movimentos populares do PT-SP, cuja candidatura teve o patrocínio do líder do PT na Câmara, Paulo Teixeira, e Lafayete Biet, advogado ligado à Central Única dos Trabalhadores (CUT).Baccarin terá de construir uma ponte com os movimentos sociais, que o veem como um homem ligado ao agronegócio. Esses movimentos apoiavam a candidatura de Wellington Diniz. A superintendência comanda 133 cargos, dos quais 20 são de confiança. Em 2010, a autarquia gastou R$ 82 milhões. O orçamento para 2011 ainda não foi definido. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

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