
04 de junho de 2015 | 13h20
Brasília - O governo brasileiro está pronto para atuar perante o Conselho de Estado da Itália, se necessário for, para garantir a extradição do ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, condenado no mensalão, ao Brasil. A afirmação consta de nota conjunta assinada pelos ministérios da Justiça, das Relações Exteriores, Advocacia Geral da União e Ministério Público Federal, na qual o governo comenta a decisão do Tribunal Administrativo Regional de Lazio, que negou nesta quinta-feira, 4, o recurso apresentado pela defesa de Pizzolato, condenado no mensalão, contra a extradição do petista ao Brasil.
"Da decisão de hoje cabe recurso da defesa ao Conselho de Estado da Itália. O Brasil está pronto para atuar também perante o Conselho, se necessário", diz o texto divulgado no início desta tarde. "O processo perante o Tribunal Regional Administrativo de Lácio prossegue para julgamento de mérito do recurso de Henrique Pizzolato, o que deve ocorrer em audiência a ser futuramente designada", complementa a nota.
O ex-diretor de marketing do Banco do Brasil foi condenado em agosto de 2012 no julgamento do mensalão a 12 anos e sete meses de prisão por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e peculato. Para não cumprir pena, Pizzolato fugiu para a Itália com passaporte falso em outubro de 2013, mas foi preso em 5 de fevereiro do ano passado em Maranello, uma pequena cidade no norte da Itália, onde um sobrinho tem residência.
A nota destaca ainda que, com a decisão do tribunal italiano, a concessão da extradição pelo Ministério da Justiça da Itália volta a ter eficácia plena. "O Brasil poderá extraditar Henrique Pizzolato assim que o próprio Ministério da Justiça italiano fixar nova data para a operação", diz o texto.
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