Governo deve criar salário para cortador de cana

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Por Jamil Chade e GENEBRA
Atualização:

De olho no mercado internacional para o etanol e tentando reverter acusações de trabalho escravo no setor, o governo anuncia até o fim do mês medidas para garantir salário mínimo específico para os trabalhadores rurais no corte da cana. A iniciativa faz parte de pacote para o setor canavieiro com o objetivo de garantir melhores condições de trabalho. O Brasil vem sendo criticado pelas violações dos direitos trabalhistas no setor e sendo acusado de ter trabalho escravo. O governo americano, a Anistia Internacional e a União Européia deixaram claro que a situação não é aceitável. "Temos a meta de expandir muito a produção de cana e já vemos que o consumo de etanol já ultrapassou o da gasolina. Como o setor vai crescer muito, temos de garantir a qualidade para os trabalhadores", afirmou Carlos Lupi, ministro do Trabalho. Dados da FAO (Organização para a Agricultura e Alimentação, na sigla em inglês) apontam que a produção de etanol no Brasil aumentará em mais de 130% entre 2007 e 2017 e o País será o maior exportador na próxima década. Os americanos continuarão como os maiores produtores, atingindo 52 bilhões (2017). O Brasil fica em segundo, com 40 bilhões de litros em dez anos.

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