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Governo descarta reeleição indefinida, diz Amorim

Para ministro das Relações Exteriores, instrumento não seria bom para democracia

Por Agencia Estado
Atualização:

O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, afirmou nesta terça-feira que não há risco de o governo brasileiro adotar a reeleição indefinida. Amorim falou a jornalistas sobre o encontro entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Hugo Chávez, da Venezuela. "Não achamos a reeleição indefinida boa para o Brasil", disse. "Comenta-se que há fortes correntes contra isso na Venezuela". O ministro disse ainda acreditar que Chávez adotará a reeleição indefinida somente por meio da vontade popular. "Acreditamos que o governo venezuelano não fará isso por decreto", concluiu Amorim, que participou nesta terça-feira da reunião de altos funcionários sobre direitos humanos do Mercosul, no Ministério da Justiça. Amorim ressaltou ainda que a possibilidade de alternância no poder, a partir da igualdade de posições na disputa eleitoral é muito importante para a democracia. Ele lembrou a declaração do subsecretário de Estado americano para a América Latina, Tom Shanlon, que recentemente qualificou a Venezuela como uma democracia. De acordo com o ministro, trata-se de um bom começo para a retomada do diálogo entre esse país e os Estados Unidos.

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