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Governo de SP faz ranking das melhores escolas

Por Agencia Estado
Atualização:

Nove por cento das escolas estaduais de São Paulo são ótimas. Esse é o resultado de avaliação realizada pela Secretaria da Educação com base em dois indicadores: desempenho dos alunos no Sistema Avaliação de Resultados do Estado de São Paulo (Saresp) em 2000 e a taxa de evasão de cada uma. A partir desse cruzamento, a secretaria concluiu que 345 de 3.899 escolas avaliadas vão muito bem nos dois quesitos. As restantes se distribuem em quatro faixas de desempenho. Para a secretária da Educação, Rose Neubauer, a soma dos dois dados é um retrato preciso da qualidade do ensino. ?Se uma escola tem evasão baixa, isso significa que ela consegue manter o aluno. E se o menino vai bem no Saresp, isso mostra que o trabalho é bom?, explica. Como um todo, a avaliação mostrou que a qualidade da escola estadual paulista, em geral, é boa: 49,4% delas estão na média. Se forem consideradas as três faixas de bom desempenho, verifica-se que 75,7% estão nesse grupo. ?Foi uma agradável surpresa. É uma distribuição que, estatisticamente, pode ser considerada normal?, afirma. Além de ser um indicador de qualidade, a classificação dá dicas sobre o tipo de escola que funciona: em geral, é a que tem um bom relacionamento com os pais, conta com o apoio da comunidade e é bem dirigida. Isso explica porque a maioria das escolas excelentes (76%) estão no interior. ?No interior há mais identificação da comunidade com a escola. Numa mesma sala, podem estudar o filho do prefeito e do feirante?, diz o presidente do Sindicato dos Especialistas de Educação do Magistério Oficial do Estado de São Paulo, Roberto Leme. A localização também influi, mas não chega a ser decisiva. Entre as 42 escolas ótimas da capital, quase metade estão em bairros de classe média. ?A classe social influi porque os alunos chegam mais preparados e tendem a render mais. Mas a relação com a comunidade e a o trabalho da direção é mais importantes?, avalia Rose. O caso da diretoria de ensino centro-oeste da capital ? responsável por escolas em bairros de classe média como Pinheiros e Butantã, ilustra, segundo Rose, essa situação: é a região com maior número de escolas excelentes no Estado 14. Mas a lista também inclui 3 escolas de bairros carentes da região sul, como Parelheiros. Assim, para a secretária, má direção ? e não a localização da escola ?pode ser um dos fatores que explicam o mau desempenho de 184 unidades, consideradas as piores do Estado. Dessas, 93 estão na capital e Grande São Paulo e o restante no interior. Todas as escolas receberam prêmios em dinheiro ? R$ 30 milhões, ao todo ? para aplicar em projetos pedagógicos. Mas as escolas abaixo da média têm de apresentar projetos detalhando como pretendem trabalhar.

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