Governo dar cargos em busca de apoio não é bom,diz Rigotto

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Por Agencia Estado
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O governador do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto (PMDB), afirmou hoje que é inadmissível cogitar o adiamento da convenção nacional da legenda, prevista para o próximo domingo. "Isso enfraquece o PMDB, que vive hoje em uma encruzilhada e precisa tirar os rótulos de clientelista e fisiologista." Para Rigotto, a cúpula peemedebista está muito distante das bases partidárias. "E se alguém deixar o partido após a convenção (que no seu entender deverá aprovar a independência em relação ao governo federal), tudo bem. Prefiro um partido menor, porém mais puro e homogêneo", disse, sem citar nomes. O governador participou na tarde de hoje em São Paulo de um almoço com empresários do Grupo de Líderes Empresariais (LIDE). Durante o evento, Rigotto foi perguntado pelo presidente do HSBC, Emilson Alonso, se o PMDB seria uma terceira alternativa, além de PT e PSDB, na sucessão presidencial de 2006. O governador disse que essa alternativa dependia basicamente da convenção aprovar a independência de seu partido da base governista. "Não precisamos de cargos no governo federal", disse. Segundo o governador do Rio Grande do Sul, essa falta de independência também pode ser prejudicial ao governo federal. "Já falei isso ao Lula (presidente Luiz Inácio Lula da Silva). "Na visão de Rigotto, o interesse por cargos é algo que não tem fim e poderá arranhar a imagem do governo federal mais do que está arranhando. "Hoje, os que acham que o PMDB precisam de quatro ministérios, amanhã vão querer cinco, e isso não tem fim. Portanto, a relação do governo federal de dar cargos para buscar apoios não é uma coisa boa." Além de defender a independência do PMDB com o governo federal, Rigotto assegurou que seu partido terá responsabilidade pela governabilidade do País. "Minha relação com o presidente Lula tem sido muito boa e vou continuar ajudando-o, desde que o PMDB fique fora dessa disputa por cargos no governo", considerou.

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