
21 de agosto de 2013 | 17h10
"Nossa expectativa é de que tenha sido um fato isolado, que não volte a se repetir", afirmou Patriota, para quem então não seriam necessárias medidas contrárias à Grã-Bretanha. A relação entre as duas nações, no entanto, passou por um momento complicado. O ministro das Relações Exteriores do Brasil deixou claro que o País acha que a Inglaterra perdeu espaço para fazer críticas sobre Direitos Humanos e liberdade de imprensa.
"Comentei (com o chanceler britânico William Hague) que é um tipo de atitude contraproducente até contra o alegado objeto que é o combate ao terrorismo e que não contribui para uma ação internacional coordenada", disse nesta terça Patriota. "Também comentei que no Brasil há um compromisso muito forte com os direitos civis e liberdades individuais e que isso não pode ser subestimado."
Miranda foi detido por nove horas em Londres com base na lei antiterrorismo britânica. Foi solto sem nenhuma acusação formal, mas a polícia reteve computadores, pen drives, hard drives, um smartphone e até um console de jogos eletrônicos que ele levava. A prisão foi considerada pelo jornal pelo Palácio Itamaraty como uma tentativa de pressão sobre Greenwald, que revelou a espionagem dos Estados Unidos sobre as comunicações de todo o mundo.
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