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Governo baiano vai demitir 10% dos comissionados

Por Tiago Décimo
Atualização:

Disposto a cortar 15% dos orçamentos de secretarias e órgãos públicos do executivo estadual, algo como R$ 250 milhões, o governo da Bahia publicou, no Diário Oficial desta quinta-feira, um decreto com uma série de determinações administrativas para os setores atingidos. Entre elas, estão a demissão de 10% dos ocupantes de cargos comissionados do poder executivo estadual, o corte de 20% em despesas como telefonia, água e energia elétrica e de 50% nos gastos com viagens, nacionais ou internacionais.Além disso, o governo determinou redução de 20% na frota própria de veículos das secretarias e órgãos do executivo estadual - e a proibição de novos contratos para locação de veículos ou terceirização de transporte. Também suspendeu nomeações para cargos comissionados que estejam vagos há três meses ou mais.A série de medidas de contenção de despesas é divulgada duas semanas após o governador Jaques Wagner (PT) determinar o contingenciamento de 15% das despesas do executivo estadual. Também nesta quinta, o comando da Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz) foi trocado. Luiz Alberto Petitinga deixou o cargo para o ex-secretário de Administração do governo, Manoel Vitório.O governador atribui os cortes à "busca pela melhor eficiência" nos gastos públicos. "A intenção é reduzir os gastos com o custeio da máquina pública, mas sem comprometer a qualidade dos serviços e os investimentos", diz Wagner.Já a oposição afirma que a administração estadual está "falida" e "sem planejamento". "Já no fim do ano passado, foi encontrado um rombo de R$ 2,6 bilhões no orçamento do Estado, que temos denunciado", afirma o vice-líder da oposição na Assembleia Legislativa, Carlos Gaban (DEM). "O governador poderia aproveitar a crise para enxugar o secretariado", diz o vice-presidente do DEM no Estado, Heraldo Rocha, lembrando as 31 pastas que compõem o governo.

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