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Governo alerta que veto a MP poderá reduzir reajuste de aposentados

Caso o Congresso aprove aumento superior a 5%, presidente vetará toda a MP de reajuste salarial

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Por Agencia Estado
Atualização:

O ministro da Previdência Social, Nelson Machado, disse, no final da reunião com os representantes dos aposentados, que o reajuste de 5% concedido mediante acordo aos aposentados a partir do mês de abril poderá cair para 3,14%. Isso acontecerá, segundo o ministro, caso o governo seja obrigado a vetar toda a MP encaminhada ao Congresso Nacional e que reajusta as aposentadorias e pensões acima do mínimo em 5%. A MP sofreu emendas que elevaram o reajuste para o mesmo patamar de aumento do salário mínimo, que foi de 16,7%. O governo já disse que não tem condições de arcar com essa despesa, que abrirá um rombo de mais R$ 7 bilhões na conta da Previdência Social. "Nossa preocupação é que a Câmara aprove um texto de tal jeito que a única opção seja o veto de toda a medida", explicou Machado. Nesse caso, de acordo com o ministro, volta a valer a legislação anterior, que prevê o reajuste apenas para manter o poder de compra dos aposentados, sem o ganho real de 1,8% embutido no acordo com os aposentados. A medida provisória dos aposentados está para ser votada na Câmara dos Deputados. "É justo, mas não vamos levar", disse o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos e representante da Força Sindical, Eleno Bezerra. Isso ficou claro na reunião com Machado e com o ministro do Trabalho, Luiz Marinho. Os ministros explicaram que, caso o reajuste de 16,7% seja aprovado, ele será vetado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Prejuízo Marinho aproveitou a reunião para criticar o Congresso. Ele disse que os parlamentares, que corrigiram o valor do reajuste de 5% para 16,7% têm que ter em mente que o prejuízo será dos aposentados. "Está claro para todo mundo que o governo será obrigado a vetá-lo." Para Marinho o comportamento de alguns parlamentares tem como único objetivo constranger o governo. "Eles estão se comportando com tensão pré-eleitoral", disse o ministro.

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