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Governo ainda não definiu mudanças na Polícia Federal

Por Agencia Estado
Atualização:

O governo ainda não definiu se haverá mudanças na direção-geral da Polícia Federal, já que o delegado Agílio Monteiro Filho não decidiu se sairá candidato a deputado federal pelo PSDB de Minas Gerais. Tudo, segundo ele, irá depender de uma conversa esta semana com o ministro da Justiça, Aloysio Nunes Ferreira, que também deixará o cargo para ser candidato à Câmara dos Deputados, por São Paulo. Mesmo que Monteiro Filho deixe o cargo, a cúpula da PF ficará praticamente inalterada, já que os dois possíveis indicados para a direção-geral são delegados que já estiveram no exercício da função na ausência do titular. O mais cotado é o atual coordenador policial, Itanor Neves Carneiro, ex-superintendente da PF em São Paulo, que conta com apoio de Aloysio Nunes e do pré-candidato do PSDB à Presidência, José Serra. O outro é Wilson Salles Damázio, que ocupava a função de Itanor e atualmente dirige a PF em Pernambuco. Coube a ele redimensionar as operações da instituição, principalmente no caso das fraudes na extinta Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam). Também tem a simpatia do Palácio do Planalto. Mesmo com a saída do ministro da Justiça, e caso não venha a ser candidato, Agílio Monteiro Filho permanecerá na PF se quiser. Além de contar com a simpatia do Palácio do Planalto e do próprio ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Alberto Cardoso, o delegado é considerado um policial discreto e sem envolvimento político. Durante sua gestão, apesar de a PF ter passado por sérios problemas por causa de falta de verbas para a área administrativa, ele conseguiu investir na melhoria da estrutura da instituição. Caso Monteiro Filho deixe o cargo, esta será a quarta mudança na PF no governo Fernando Henrique Cardoso. Além dele, já passaram pela corporação, Vicente Chelloti - também candidato a deputado federal pelo PMDB de Brasília -, Wantuir Jacine e João Batista Campelo, que ficou apenas três dias no cargo, e responsável pela crise gerada entre o então ministro da Justiça, José Carlos Dias, e o general Cardoso.

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