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Governistas querem barrar testemunhas da defesa de Dilma na comissão do impeachment

Base aliada argumenta que a presidente se defende apenas de duas acusações, portanto, teria o direito de trazer apenas 16 testemunhas; Cardozo apresentou lista prévia com mais de 50 nomes

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Foto do author Julia Lindner
Por Isabela Bonfim e Julia Lindner
Atualização:

BRASÍLIA - Após conseguir encurtar prazo do processo de impeachment, os senadores da base aliada de Michel Temer tentam agora diminuir a quantidade de testemunhas da defesa de Dilma a serem ouvidas na comissão especial.

Na peça da defesa prévia da presidente Dilma Rousseff, o ex-advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, apresentou uma lista de mais de 50 testemunhas para depor no processo.

José Eduardo Cardozo e os senadores Raimundo Lira e Antônio Anastasia definem termos da Comissão Especial Foto: EFE|Fernando Bizerra Jr.

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O senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) argumentou que a presidente se defende apenas de duas acusações, uma sobre a edição de créditos suplementares e outra sobre as pedaladas fiscais. De acordo com ele, a presidente teria o direito de trazer apenas 16 testemunhas, oito para cada caso.

O presidente da Comissão, Raimundo Lira (PMDB-PB), concordou que a presidente tenha o direito de trazer oito testemunhas para cada caso analisado. Entretanto, ele alegou que estão sob análise cinco decretos diferentes, além da operação de crédito referente ao Plano Safra. Dessa forma, a presidente teria direito a 48 testemunhas.

Os requerimentos para trazer testemunhas ainda serão votados pelo colegiado para uma decisão final.

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