
19 de junho de 2009 | 07h48
A CPI é motivo de preocupação para o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, do PMDB, embora a investigação esteja sob o controle de companheiros peemedebistas. Lobão pediu ?cautela? aos deputados na condução das investigações. Em protesto por ter sido excluído na divisão dos cargos, os petistas boicotaram a reunião em que o deputado Eduardo da Fonte (PP-PE) foi eleito por unanimidade presidente da chamada CPI da Aneel. Indicado pelo colega do PP, Alexandre Santos (PMDB-RJ) será o relator.
O líder peemedebista na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), cuidou pessoalmente das articulações e foi claro ao explicar sua estratégia. ?O PMDB terá a relatoria porque o Ministério é do PMDB. Não abrimos mão de ter a relatoria do Ministério que é nosso.? O relator anunciou que o ministro Lobão será ?convidado? a depor na CPI para explicar a política do governo em relação à energia elétrica e as medidas para evitar um apagão no futuro. Segundo Alexandre Santos, Lobão conversou com Henrique Alves, depois de ser informado que a CPI seria instalada.
O setor elétrico - que sofre grande influência do PMDB - é um dos que mais atrai o interesse de políticos. A área envolve contratos de altos valores para produção e distribuição e empresas de peso, públicas e privadas. Os projetos de geração de energia estão entre os mais importantes do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Esses pontos explicam não apenas o interesse pelo comando da CPI como as preocupações com os rumos da investigação.
O líder do PT na Câmara, Cândido Vaccarezza, explicou a razão de ter orientado os petistas a não comparecerem à reunião que elegeu o presidente da CPI. ?Houve um claro movimento para excluir o PT das negociações. O governo não sofre nenhum risco nesta CPI, tanto que não teve briga entre governo e oposição?, disse o petista. Depois de iniciada a reunião de instalação da CPI, Vaccarezza desautorizou o acordo para fazer do deputado João Guimarães (PT-CE) vice-presidente da comissão. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Encontrou algum erro? Entre em contato