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Governadores pedem agilidade com votação de Lei Kandir na Câmara

BRASÍLIA - Governadores eleitos reivindicaram nesta terça-feira, 23, em reunião com líderes partidários, agilidade na votação da prorrogação do Fundo de Combate à Pobreza e da regulamentação da Lei Kandir, projetos que levam recursos aos Estados.  

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Por Maria Carolina Marcello e da Reuters
Atualização:

 

 

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"Nós viemos trazer um pedido à Casa, às lideranças partidárias da Casa... fundamentalmente, a votação do PLP-352, que diz respeito à Lei Kandir, e também a votação da prorrogação do Fundo de Combate à Pobreza", afirmou o governador reeleito da Bahia, Jaques Wagner (PT), ao término da reunião. "Todos os dois têm um prazo que é 31 de dezembro", acrescentou Wagner.

Os governadores também pediram aos líderes que não entrem na pauta medidas que tenham impacto no Orçamento da União, Estados e Municípios. A pauta de votações na Câmara está trancada por 10 medidas provisórias.

"O governo é absolutamente favorável à ideia dos governadores... Nós estamos encerrando um ciclo, tanto do governo federal, dos governos estaduais e do próprio Congresso Nacional", afirmou o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha.

"E é importante que os projetos de lei que sejam votados neste final de ano na Câmara não gerem impactos não previstos para União, Estados e municípios", acrescentou.

O ministro afirmou ainda que há uma preocupação dos governadores, e também na esfera federal, em abrir uma sessão extraordinária para votação de projetos de interesse dos Estados, pois existe o risco de que outros projetos com impacto nos Orçamentos estadual e federal sejam colocados em pauta. Segundo Padilha, há na Câmara mais de uma dezena de projetos que estabelece pisos salariais.

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Piso para policiais

 

Os governadores pediram ainda que não seja votado o projeto que cria um piso nacional para policiais e bombeiros, chamada PEC-300. "A PEC-300 não obrigatoriamente tem que ser votada agora", afirmou Wagner. "É uma nova despesa imposta aos Estados, não concordamos com um piso nacional. Essa posição é muito clara dos governadores", afirmou.

Levantamento do Ministério da Justiça mostrou que, se aprovada, a proposta custaria aos cofres públicos 43,5 bilhões de reais por ano. Desse total, os Estados teriam que bancar 25 bilhões de reais. O governo é contrário à aprovação da emenda devido à elevação dos gastos.

Participaram do encontro, além das lideranças dos partidos, os governadores eleitos Geraldo Alckmin (PSDB-SP); Antonio Anastasia (PSDB-MG) e Cid Gomes (PSB-CE), além do vice do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, o presidente da Câmara e vice-presidente eleito, Michel Temer, e Padilha.

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