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Governadores entregam planos de combate à seca a Jungmann

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Por Agencia Estado
Atualização:

O ministro do Desenvolvimento Agrário e coordenador da Câmara Setorial Extraordinária de Convívio com o Semi-Árido, Raul Jungmann, recebeu hoje os planos e propostas para o combate à seca de oito governadores nordestinos - da Bahia ao Piauí - em uma reunião no Palácio do Campo das Princesas, no Recife. Todas as sugestões e reivindicações serão consolidadas até o dia 8 e provavelmente no dia 12 serão entregues ao presidente Fernando Henrique Cardoso, em audiência com os governadores, em Brasília. Os governadores concordam com a proposta do governo federal que pretende implantar uma política permanente de convívio com a seca, dotando a região de infra-estrutura e oferecendo educação e capacitação à população rural. A proposta quer ir além do kit emergencial - cesta básica, carro pipa e frente de trabalho. É isto o que todos os governadores vêm reivindicando desde o início da década de 90. Agora eles aguardam recursos e efetiva execução. Ao contrário dos movimentos sociais, para quem o plano apresentado por Jungmann não passa de mais uma promessa a ser descumprida, os governadores confiam que algo será realmente feito para mudar a cultura da seca. O governador do Ceará, Tasso Jereissati (PSDB), espera que no próximo encontro de governadores para tratar do assunto - previsto para dia 15, em Salvador - a questão orçamentária já esteja resolvida. "Estamos confiantes de que o governo está consciente da gravidade do problema", afirmou. Quadro A seca já atinge 809 municípios do semi-árido e 11 milhões de pessoas. Do total de municípios, 316 decretaram estado de calamidade, 229 estão em estado de emergência e outros 264 em estado de alerta. Até agora, os recursos são poucos. O governo liberou R$ 1,5 milhão para 100 mil cestas básicas. "Eu vou receber 5 mil cestas quando preciso de 50 mil", observou o governador de Sergipe, Albano Franco (PSDB). Mais R$ 50 milhões cobrirão despesas com outras cestas até o final da estiagem - prevista para daqui a cinco meses. O governo está gastando R$ 9 milhões com a distribuição de água em carros-pipa e se propõe a liberar R$ 35 milhões para abastecimento nas escolas e R$ 16 milhões para obras hídricas (R$ 14,4 milhões destinados ao Rio Grande do Norte, que vai dar continuidade à construção de duas barragens).

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