PUBLICIDADE

Governadores em fim de mandato tentam pagar dívidas

Segundo dados da Secretaria do Tesouro Nacional (STN), essas dívidas - referentes a despesas de exercícios anteriores que não foram pagas - somam R$ 27,1 bi

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

Os governadores em final de mandato estão em uma corrida contra o relógio para tentar reduzir o volume de dívidas inscritas em "restos a pagar" até o final do ano. De acordo com os dados da Secretaria do Tesouro Nacional (STN), essas dívidas - referentes a despesas de exercícios anteriores que não foram pagas - somam R$ 27,1 bilhões, e pelo menos nove governos estaduais estão sem recursos suficientes em caixa para quitá-las, como prevê a Lei de Responsabilidade Fiscal. A lista dos Estados em apuros inclui Rio Grande do Sul, Paraná, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Goiás, Alagoas e Paraíba. A legislação não obriga os atuais governantes a pagarem até o final do ano "restos a pagar", mas exige que eles, no mínimo, deixem dinheiro em caixa para que os mesmos possam ser quitados pelo sucessor - mesmo quando o governador foi reeleito. Com o aumento da arrecadação verificado neste ano, vários governadores não terão problemas para fechar as contas, mas alguns ainda não sabem o que fazer. O gaúcho Germano Rigotto, por exemplo, que perdeu a eleição, acumula R$ 2,9 bilhões em "restos a pagar" e ainda precisa decidir o que fazer em relação ao pagamento do 13º salário dos seus servidores. No ano passado, ele conseguiu driblar a falta de recursos fazendo uma triangulação de empréstimo com o Banrisul, mas há auditores do tribunal de contas que consideram essa operação ilegal em fim de mandato. O Estado de Mato Grosso do Sul, governado pelo petista Zeca do PT, que também perdeu as eleições, está tentando eliminar um buraco de 11% da sua receita antes de entregar o mandato ao peemedebista André Pucinelli. Em São Paulo, o estoque de restos a pagar do ano passado chegava a R$ 5,7 bilhões, mas o governo estadual tinha R$ 10,1 bilhões livres em caixa.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.