Governadores de 3 Estados também são favoráveis

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Por Vera Rosa , Denise Madueño e Brasília
Atualização:

A defesa da aprovação do trem da alegria no serviço público não está restrita a parlamentares e beneficiados. Governadores de alguns Estados pediram a aprovação da proposta que pode efetivar funcionários contratados temporariamente. Na lista dos interessados na aprovação estão os governadores do Piauí, Wellington Dias (PT), do Pará, Ana Júlia Carepa (PT), e o do Acre, Binho Marques (PT), segundo o deputado Zenaldo Coutinho (PSDB-PA), um dos autores da proposta. Ele disse que representantes do governo de Minas também manifestaram desejo de ver a proposta aprovada, mas não especificou se o governador Aécio Neves (PT) defendeu a idéia. A governadora do Pará fez apelo formal. Enviou um ofício ao presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), defendendo a aprovação dos projetos. Ela argumentou que a questão precisava ser resolvida porque em seu Estado "há servidores com mais de 20 anos de serviços prestados e seria desumano descartá-los pura e simplesmente". Contraditoriamente, ela conclui que após a solução desse problema é necessário estabelecer regras claras para "dificultar que a exceção se transforme em regra fisiológica, eternizando a péssima prática do cabide de empregos à custa do contribuinte". Na administração do Estado, Ana Júlia já chamou a atenção por ter contratado a manicure e a cabeleireira com recursos públicos, seu cunhado e também seu irmão. Também ficou conhecida por estabelecer ponto facultativo às sextas-feiras do mês de julho para o funcionalismo. No ofício a Chinaglia, a governadora diz que defende "intransigentemente o concurso público como melhor forma de ingresso no serviço público, pois é o único que privilegia o mérito e a capacidade do candidato". Por trás do interesse dos governadores pode estar uma solução para uma dívida com a Previdência Social. O deputado Arnaldo Madeira (PSDB-SP) disse que alguns governos estaduais recolhem dos funcionários temporários o pagamento com o INSS, mas, em vez de repassá-lo ao órgão, fazem caixa em seus sistemas próprios de previdência. A efetivação dos temporários, segundo Madeira, acabaria com essa dívida. "Essa questão envolve uma dívida monumental. Essa proposta, no fundo, regulariza essa situação. O temporário passa a ser funcionário público, aposenta pelo Estado e não haverá mais a dívida com o INSS", afirmou Madeira.

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