PUBLICIDADE

Governador descarta fins eleitorais de atentado em SE

Por Renato Andrade
Atualização:

O governador de Sergipe, Marcelo Déda, afirmou hoje que a polícia local não vê indícios de vínculo do atentado contra o presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Sergipe (TRE-SE), Luís Mendonça, a questões políticas e eleitorais. "A avaliação da polícia do meu Estado é que não há nenhuma hipótese de o atentado estar vinculado a questão eleitoral ou a questão política", disse Déda, após se encontrar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB), sede provisória do governo federal.O presidente do TRE sergipano sofreu um atentado na manhã de hoje em Aracaju. De acordo com a Polícia Militar, quatro homens encapuzados e armados com pistola e uma escopeta calibre 12, que estavam em um Honda Civic prata, dispararam contra o carro em que estava Mendonça. O presidente do TRE foi atingido de raspão na altura do ombro e encaminhado para hospital local, onde passa bem, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Estado. O motorista do presidente do TRE, o cabo da PM Jailton Pereira Batista, de 41 anos, ficou gravemente ferido.De acordo com o governador de Sergipe, uma das linhas de investigação da polícia considera a possibilidade de atentado ter sido uma vingança de criminosos que foram presos quando o desembargador era secretário de Segurança Pública de Sergipe. A polícia já tem um suspeito do atentado, que seria Floro Calheiros, que está foragido há dois anos. Segundo Déda, o criminoso é de Alagoas, mas atuava no norte de Sergipe e é acusado de roubos de urnas numa eleição municipal na década de 90, além da acusação de ter liderado ou mandado a execução de alguns crimes na região.Segundo Déda, o presidente Lula se mostrou preocupado e solidário e disse que o Ministério da Justiça e a Polícia Federal estarão à disposição para ajudar a polícia de Sergipe e solucionar o caso.Apesar do atentado contra o presidente do TRE, Déda disse que não vê necessidade, neste momento, do aumento da segurança para as eleições de outubro no Estado. "Não há nada neste momento que justifique a ação da Força Nacional ou do Exército para garantir o pleito". Ainda assim, o governador afirmou que, se em algum momento, o governo entender que é preciso pedir ajuda, "nós não teremos nenhum minuto de dúvida".

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.