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Governador apareceu em outros casos como suspeito

Por Alexandre Rodrigues
Atualização:

Com a prisão de um filho e de um sobrinho pela Polícia Federal anteontem, não é a primeira vez que o governador de Rondônia, Ivo Cassol, se vê envolvido numa investigação sobre corrupção. Eleito governador em 2002 pelo PSDB, Cassol foi reeleito pelo PPS em 2006 com 54,1% dos votos em meio às conseqüências de outra ação da PF envolvendo pessoas próximas a ele. Na Operação Dominó, mais de 20 pessoas ligadas aos três poderes de Rondônia foram presas sob acusação de integrar um esquema de corrupção. Entre elas, estava o então candidato a vice na chapa de Cassol, o ex-chefe da Casa Civil Carlos Magno, que renunciou. Depois da reeleição, Cassol correu o risco de perder o cargo com a denúncia de compra de votos feita pelo procurador-geral da República Antônio Fernando de Souza ao Supremo Tribunal Federal (STF) em agosto do ano passado. Ele e o senador Expedito Júnior (PR-RO) teriam se beneficiado de um esquema de cabos eleitorais que teria pago R$ 100 a mil eleitores. O caso foi desmembrado e o processo dele, enviado ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). O governador nem sempre figurou como vilão nos escândalos. Em maio de 2005, ele conseguiu gravar com uma câmera escondida pedidos de propina feitos a ele por deputados estaduais que lhe faziam oposição na Assembléia Legislativa. Mais tarde, em nova troca de papéis, outras fitas sobre o episódio descobertas pela PF indicaram que Cassol havia feito propostas aos deputados antes de sofrer deles a tentativa de extorsão. Na ocasião, o governador negou as acusações.

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