Governador abre sigilo de empresas de seu grupo

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Por Redação
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Blairo Maggi não falou sobre a ação popular nem sua Secretaria da Fazenda, apesar das solicitações do Estado. A aliados, não admite dúvidas acerca de benefícios fiscais que implantou em Mato Grosso, que governa desde 2003. Na quarta-feira, o governador recebeu o deputado Mauro Savi (PR), seu líder na Assembléia, e ofereceu o sigilo das empresas do Grupo Maggi - maior produtor de grãos do mundo -, do qual é sócio. O fiscal Pereira Bueno aponta como favorecidas pelo governador empresas de seu conglomerado. Savi anunciou no Legislativo que Maggi, espontaneamente, abriu os dados confidenciais. "O governador, como é do seu perfil, adotou a transparência e decidiu entregar as informações relativas ao grupo", declarou o deputado. "Blairo demonstra sua isenção. A atitude dele não me surpreende. Conheço sua história." "Todos os segmentos conquistaram benefícios, jamais em troca de doação de campanha. Incentivo não é regalia. Atrai empresas que se dispõem a gerar empregos em Mato Grosso. As medidas alcançam todas as áreas de produção. Se não tem incentivo, ninguém vai se instalar", justificou Savi. A Santana Textiles não se manifestou. A Sadia S.A., em Mato Grosso desde 1974, informou que "em sucessivos governos sempre contou com os incentivos previstos na legislação, iguais para todas as empresas". A Sadia destacou que a doação a Maggi foi registrada na Justiça Eleitoral e rechaça ter recebido favores tributários. "Os incentivos estão em linha com as legislações estaduais e federal." Waldir Teis, ex-secretário da Fazenda, não falou. Alexandre Furlan, ex-secretário de Minas, reagiu com veemência. "É bobagem politiqueira." Ele anotou que 354 empresas se instalaram no Estado com base no programa aprovado pela Assembléia. "O programa atinge setores, não essa ou aquela empresa. A acusação é uma falácia."

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