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Google afirma que estuda usar filtro contra pedofilia

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Por AE
Atualização:

Investigado desde 2005 pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP) por crimes contra os direitos humanos, o site de relacionamentos Orkut, da empresa Google estuda trazer ao Brasil uma ferramenta para filtrar conteúdos impróprios antes mesmo que eles entrem no ar. A afirmação é do diretor-presidente da Google Brasil, Alexandre Hohagen, aos parlamentares da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pedofilia, que estão reunidos hoje no Senado. Segundo levantamento da ONG Safernet, responsável pela Central Nacional de Denúncias de Crimes Cibernéticos, 90% dos casos de pedofilia na internet denunciados a cada ano acontece no ambiente do Orkut. Segundo Hohagen essa ferramenta seria capaz de resolver o problema da veiculação de mensagens impróprias em comunidades temáticas do Orkut. No entanto, ela seria ineficaz para impedir a publicação de fotos abusivas nos álbuns de cada usuário, espaço com acesso restrito. Por enquanto, a única ação da empresa para coibir abusos é a existência de links nas páginas para que o usuário reporte excessos ao Orkut. De acordo com Hohagen, 0,4% das denúncias são de crimes contra a criança. "Esse número não nos deixa felizes ou honrados, mas mostra que o problema é específico", disse. "Ele deve ser tratado sem que afete os 27 milhões de usuários brasileiros do serviço." Hohagen disse estar disposto a colaborar com as autoridades. "Estamos muito comprometidos, em um esforço extra de colaboração", disse. "Vamos estudar como prevenir novos fatos e quais ferramentas de cooperação com as autoridades e organizações não-governamentais podemos usar." As informações sobre a CPI são da Agência Senado.

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