Goldman minimiza pesquisa CNT/Sensus e ataca Lula

"Estamos diante de uma situação estável. Isso mostra que a população ainda não está sintonizada com a campanha eleitoral, até porque ainda não há campanha eleitoral"

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Por Agencia Estado
Atualização:

O deputado federal Alberto Goldman, ex-líder do PSDB na Câmara, afirmou que a pesquisa CNT/Sensus, divulgada hoje pela Confederação Nacional do Transporte, não traz mudanças significativas no cenário eleitoral. De acordo com ele, o levantamento continua mostrando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva com intenção de voto na faixa de 40%, enquanto o tucano Geraldo Alckmin continua apresentando uma performance próxima de 20%. "Estamos diante de uma situação estável", disse o deputado. "Isso mostra que a população ainda não está sintonizada com a campanha eleitoral, até porque ainda não há campanha eleitoral", acrescentou. Segundo Goldman, a eleição só começará mesmo no momento em que for iniciada a propaganda eleitoral na televisão. Goldman aproveitou para atacar Lula ao afirmar que se surpreendeu com o fato de o presidente não ter crescido mais na pesquisa, considerando a forte exposição na mídia que tem tido ultimamente. "Depois de todas as peripécias que ele fez - só faltou subir no trapézio, pois até nariz de palhaço ele colocou - ele ainda ficou com cerca de 40%", disse o deputado. Goldman afirmou que, diante desse cenário, o levantamento divulgado pela CNT oferece na verdade motivos para um otimismo entre os tucanos. "Eu vejo com muito otimismo esse resultado", disse o deputado. "Eu tenho uma avaliação qualitativa de que Lula terá dificuldades de passar dos 40%" Em outra crítica a Lula, Goldman aproveitou para comentar as declarações concedidas ontem pelo presidente, em que disse que existem políticos no País que não gostam de pobres e fazem política no conforto do ar-condicionado. De acordo com Goldman, a forma como Lula trata as questões da miséria e da pobreza no Brasil poderia ser comparada à estratégia do líder do PCC, Marcos Camacho, o Marcola. "Esse uso da pobreza, da miséria e da injustiça me lembra muito o Marcola", disse Goldman, acrescentando que ambos "se nutrem da mesma fonte", um para se manter no poder e outro para justificar a criminalidade. "E não se pode dizer que, em alguns aspectos, os métodos deles são diferentes", acrescentou.

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