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Goldman e Mantega batem boca na comissão do mínimo

Por Agencia Estado
Atualização:

O deputado Alberto Goldman (PSDB-SP) acusou o ministro do Planejamento, Guido Mantega, de praticar "desonestidade intelectual". Segundo Goldman, o governo vem arrecadando muito e o ministro insiste em afirmar que não há dinheiro para aumentar o salário mínimo. Em resposta ao deputado, Mantega disse que Goldman estava sendo descortez. "Estou na sua Casa. O senhor carece de falta de informação. Quer tampar o sol com a peneira", respondeu o ministro, na comissão mista que analisa o salário mínimo. Mantega argumentou que o governo não é contra o aumento do salário mínimo e que a questão, no momento, é a absoluta impossibilidade de fazer isso. O ministro também foi duramente pressionado pela deputada Luciana Genro (sem partido), que acusou o governo de praticar a mesma política do governo anterior e de ter enganado os eleitores, quando prometeu dobrar o valor real do salário mínimo em quatro anos. Mantega admitiu que a meta de dobrar o salário mínimo é difícil de alcançar. Durante o debate sobre os parlamentares criticaram també m a decisão do governo de expulsar o jornalista americano, Larry Rohter. O relator da comissão, deputado Rodrigo Maia (PFL-RJ) , fez uma pergunta provocativa: "O que abala mais o mercado? O aumento do salário mínimo ou a expulsão do jornalista americano". Mantega ignorou a provocação. Na mesma linha foi o deputado João Fontes (sem partido-SE). Ele disse que o ato de expulsão do jornalista tem a estatura do governo, que é do tamanho do líder do governo na Câmara, Professor Luizinho, que não está na sessão. O líder governista mede aproximadamente um metro e sessenta.

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