
09 de novembro de 2017 | 18h06
Integrante da ala oposicionista do PSDB, o deputado Daniel Coelho (PE) acusou nesta quinta-feira, 9, o ex-governador paulista Alberto Goldman de ter combinado com o senador Aécio Neves (MG), os ministros tucanos e o presidente Michel Temer a destituição o senador Tasso Jereissati (CE) da presidência interina do partido. Goldman foi indicado por Aécio para substituir o tucano cearense. Para Coelho, o ato foi um "golpe rasteiro".
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"Ele (Goldman) já tinha combinado esse golpe rasteiro com o presidente Michel Temer, com os ministros e com Aécio Neves. Não consigo acreditar que Goldman tenha passado por esse papel", disse Coelho em discurso no plenário da Câmara. Segundo o deputado, prova dessa combinação é que o ex-governador paulista já estava "sentado na cadeira de presidente", na sede do partido em Brasília, nesta quinta-feira.
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Para Coelho, a intervenção feita por Aécio, além de ser "imoral", representou falta de "respeito e dignidade" por parte dos envolvidos. O deputado pernambucano disse que Tasso relatou que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso ligou para o senador cearense se dizendo "perplexo" com a atitude de Aécio. "Rasgaram e colocaram no lixo a história do PSDB. O PSDB está enterrando sua história se não reagir a isso", disse.
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DESTITUIÇÃO
Aécio destituiu Tasso da presidência interina do PSDB nesta quinta-feira. Em carta divulgada pelo senador mineiro, ele afirma que o motivo da substituição é a "desejável isonomia" entre os candidatos ao comando definitivo da sigla, na eleição marcada para 9 dezembro. Tasso oficializou candidatura ontem. Ele deve ter como adversário na disputa o governador de Goiás, Marconi Perillo, que tem apoio do grupo ligado a Aécio.
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