26 de agosto de 2016 | 11h12
RIO - O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, voltou a tecer comentários sobre a Operação Lava Jato nesta sexta-feira, 26. Segundo ele, "houve equívoco" nas informações veiculadas sobre as suas declarações em relação às investigações. Embora afirme apoiar a operação, o ministro do STF voltou a defender limites à atuação de procuradores.
Mendes causou polêmica por ter declarado, no início da semana, ao dizer que era preciso "colocar freios" na conduta dos investigadores.
"Eu não sou contrário à Lava Jato. Pelo contrário, eu tenho defendido o desenvolvimento dessas investigações. Acho que elas contribuíram decisivamente para mudanças no Brasil", afirmou o ministro.
O ministro defendeu, no entanto, que "não se combate crime cometendo crime". "Devemos observar os parâmetros legais", declarou ele, quando questionando sobre suas posições sobre a Lava Jato. "Temos que evitar abusos e excessos, tem que evitar qualquer tipo de constrangimento ilegal", acrescentou o ministro.
A declaração foi dada na manhã desta sexta-feira no cartório da cidade de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Mendes esteve no local para tratar dos assassinatos sucessivos de candidatos a vereador na região.
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