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Gilmar Mendes diz que Brasil vive quadro de insegurança pública

O presidente do TSE embarcou neste sábado para o Maranhão, onde, segundo ele, organizações criminosas de dentro de presídios estão causando pânico por ordenar ataques

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Por Murilo Rodrigues Alves
Atualização:
Apesar da insegurança, presidente do TSE disse acreditar que as eleições acontecerão "em paz" Foto: Andre Dusek|Estadão

Às vésperas das votações municipais, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes, disse neste sábado que o Brasil vive um quadro de insegurança pública que precisa ser colocado na agenda do governo federal.

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“Acho que vamos ter eleições em paz. Agora, todavia, não vamos esquecer que temos um quadro de insegurança. Não é uma insegurança do quadro eleitoral ou causada diretamente pela disputa eleitoral. O Brasil está vivendo um quadro de insegurança pública”, afirmou Mendes, depois de participar de cerimônia de verificação das urnas que serão usadas amanhã para as votações. Segundo ele, o tema de segurança não é um problema apenas dos Estados, mas também da União.

O presidente do TSE embarcou neste sábado para São Luís, no Maranhão, onde, segundo ele, organizações criminosas de dentro de presídios estão causando pânico por ordenar ataques a escolas onde vão ser realizadas as votações. “O Estado de direito deve preservar todas as relações e superar todos os desafios”, disse Mendes. Ele vai se encontrar com o governador do Estado, Flávio Dino, e visitar uma escola que é ponto de votação. Estará acompanhado do ministro da Defesa, Raul Jungman. Mendes disse que já conversou com o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, e amanhã, relatará as preocupações ao presidente Michel Temer.

“As pessoas podem ir votar. Devem votar sem medo. Uma das condições básicas do voto é a liberdade de fazer a escolha”, orientou. Ele lembrou que 459 municípios, em 14 Estados, terão reforço das forças federais de segurança.

Mendes classificou como “lamentável” o assassinato do candidato a prefeito José Gomes da Rocha (PTB), o Zé Gomes, em Itumbiara, a 204 quilômetros de Goiânia, na última quarta-feira. Também citou a Baixada Fluminense, onde nos últimos meses, 14 pessoas envolvidas em campanhas eleitorais foram assassinadas na região. 

O presidente do TSE estima que até às 21 horas de domingo a maioria dos municípios brasileiros já vai saber o resultado das urnas.