BRASÍLIA - Depois de vários dias de impasse, foi definida neste sábado a sucessão do Ministério da Saúde. O presidente da Caixa, Gilberto Occhi, assume o posto, hoje ocupado pelo deputado Ricardo Barros (PP-PR), que deixa o cargo para concorrer à Câmara dos Deputados.A transmissão ocorre na segunda, às 10h30.
+++ MPF pede à Caixa acesso a relatório sigiloso sobre presidente do banco
A negociação foi feita entre o presidente Michel Temer e o presidente do PP, Ciro Nogueira. O atualvice-presidente de Habitação da Caixa, Nelson Antônio de Souza, assume o posto hoje ocupado por Occhi, afirmou Nogueira.
Occhi, ligado ao PP,vinha sendo cotado para o cargo havia dias. A transferência do cargo estava marcada para semana passada, mas na última hora a indicação foi suspensa, diante do receio de que, com a transferência, o PP perdesse o comando da Caixa. As negociações continuaram e hoje, o nome de Occhi foi confirmado para Saúde e de Souza, para a Caixa.
+++ Amigos de Michel Temer foram denunciados pelo MPF seis dias antes de prisão
A indefinição sobre a chefia do Ministério da Saúde e da Caixa tem como pano de fundo a própria sucessão presidencial. Há duas semanas, Temer havia sinalizado o desejo de receber um apoio mais explícito do PP para sua candidatura à presidência.O jogo mudou, no entanto, nesta quinta, depois da operação Skala, que apura supostos benefícios no setor portuário. O advogado José Yunes e o coronel reformado da Polícia Militar João Baptista Lima Filho, ambos muito próximos do presidente, foram presos.
Diante desse quadro, Temer teria outro objetivo mais urgente que a reeleição. Garantir reforço para seu atual mandato.