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Gilberto Carvalho pede que centrais façam 'acerto de contas' com black blocs

Ex-ministro petista critica postura de grupo em favor da violência durante protesto

Por Ricardo Galhardo
Atualização:

O ex-ministro da Secretaria-Geral da Presidência Gilberto Carvalho disse que os organizadores da marcha realizada na quarta-feira, 25, em Brasília, que terminou com depredações e confronto com a Polícia Militar, façam um “acerto de contas” com os black blocs e adotem um esquema de segurança próprio para os próximos atos contra o goverfno Michel Temer e a favor de "diretas já".

Manifestantes durante confronto com a polícia na Esplanada dos Ministérios Foto: Wilton Junior/Estadão

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“O nosso método é de construção de maiorias. Não aceitamos que uma minoria de mascarados queira se impor nos nossos atos, use nossa estrutura, nossos caminhão de som como trincheira. Por que eles não fazem o ato deles? Vamos ter que nos acertar com eles”, disse Carvalho, que participou da organização da manifestação de quarta-feira.

Segundo ele, nos próximos atos, a organização vai criar uma segurança própria. “Vamos fazer como fizemos em Curitiba (no dia do depoimento de Lula na Lava Jato), onde colocamos nossos seguranças nos pontos estratégicos”, disse o ex-ministro.

Segundo Carvalho, o quebra-quebra impediu que o ato cumprisse plenamente o objetivo de passar a mensagem contra as reformas trabalhista e da Previdência, pela saída de Temer e realização de eleições diretas.

Sem provas, o ex-ministro disse desconfiar que entre os mascarados houvesse gente infiltrada pelo governo com o objetivo de desqualificar a manifestação. “Eu vi os moleques jogando coquetéis molotov nos ministérios sem que houvesse a menor resistência da polícia que se encontrava logo atrás da Esplanada. O governo tem interesse nisso”, afirmou Carvalho.

Ele lembrou que na manifestação contra o impeachment da presidente cassada Dilma Rousseff, em São Paulo, no dia 4 de setembro do ano passado, um capitão do Exército foi infiltrado entre os manifestantes. O caso foi arquivado pela Justiça Militar e o capitão William Pina Botelho foi promovido a major no início de maio.

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