O presidente do PT de São Paulo, vereador José Américo, acusa a atual administração municipal de não conseguir investir os recursos que arrecada, o que leva a superávits de receita. "Eles não conseguem gastar. É uma administração preguiçosa", disse à Reuters, ao responder às críticas da gestão de Gilberto Kassab (DEM) à administração de Marta Suplicy (PT) no município de São Paulo entre 2001 e 2004. Veja Também: Kassab deixa caixa cheio mas desafio é dívida de R$35 bi Pelos dados do vereador, que acompanha as contas do município, havia a previsão de inaugurar 25 CEUs (Centros de Educação Unificados) e onze foram feitos. No transporte público, a atual administração realizou algo como dez quilômetros de corredores de ônibus, enquanto na gestão de Marta Suplicy foram 110 quilômetros de novos corredores e 50 km em reformas, afirma. Ecoando declaração de Marta Suplicy, que vai concorrer este ano novamente às eleições municipais, José Américo afirma que a situação econômica do país é diferente nas duas gestões. Há recuperação da economia com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, enquanto no período petista havia recessão e desemprego, argumenta. Rui Falcão, vereador que ocupou a secretaria de Governo da gestão petista, disse que não procedem as críticas em relação à dívida. Explica que a negociação realizada pelo ex-prefeito Celso Pitta em 2000 com o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) era muito desfavorável para o município. A exigência de pagar os 20 por cento dívida depois de dois anos era "uma bomba de efeito retardado" e que "todo mundo sabia que ninguém conseguiria pagar". O ex-secretário lembra também que não procedem as críticas sobre os restos a pagar do último ano da administração uma vez que as contas foram aprovadas pelo Tribunal de Contas do Município e, no caso do balanço de 2004, pelo Supremo Tribunal Federal.