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Gerente diz que não era responsável pela P-36

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Por Agencia Estado
Atualização:

O gerente-geral da Petrobras na Bacia de Campos, Carlos Eduardo Bellot, disse hoje, em depoimento na polícia, que antes do acidente não tinha responsabilidade sobre a plataforma P-36. "Desde novembro do ano passado, quando houve uma reestruturação na Petrobras, o comando da P-36 passou da Unidade de Negócios da Bacia de Campos para um grupo da Unidade de Negócios do Rio de Janeiro". O gerente disse que só ficou "responsável pelas operações de contingência (emergência) depois que o acidente ocorreu na P-36". Bellot afirmou ainda que, em caso de risco, os coordenadores da plataforma P-36 teriam autonomia para parar a produção da plataforma. Depois de ouvir o depoimento, o delegado Antônio Carlos Carvalho declarou que continua trabalhando com a hipótese de "negligência" como causa para o acidente com a plataforma P-36. "Estamos apurando um crime culposo. Para que este tipo de crime ocorra é necessário que alguém tenha se descuidado de questões de segurança na plataforma", afirmou. O delegado disse que precisa conferir com a Petrobras se Bellot realmente não tinha responsabilidade sobre a plataforma P-36 antes do acidente, como declarou. "Vamos examinar os organogramas da empresa e, se o que ele disse for verdade, então, não cabe responsabilização objetiva ao engenheiro Bellot", afirmou. Bellot disse que tirou os boletins que apontavam problemas na P-36 para preservar esses documentos para as investigações. "Esta questão ainda precisa ser bem examinada para saber se, de alguma maneira, esta atitude pode ter prejudicado o trabalho de salvamento da plataforma", comentou o delegado. Bellot afirmou ainda que, em caso de risco, os engenheiros Hélio Galvão e Paulo Viana teriam autonomia para parar a produção da plataforma. "Tenho que ouvi-los para avaliar se eles tiveram responsabilidade por isso. As informações, até agora, são as de que o defeito no plataforma poderia ter causado o acidente", disse o delegado. Tanto Galvão quanto Viana devem depor ainda hoje em Macaé. Também foi intimado o coordenador da P-36, em terra, Claronildo Covas dos Santos.

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