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Genro participa de campanha de candidato do PT no RJ

Após semana conturbada, ministro da Justiça, possível candidato à Presidência em 2010, passeia por Niterói

Por Clarissa Thomé
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Em uma espécie de teste de popularidade, o ministro da Justiça, Tarso Genro, apontado como possível pré-candidato à Presidência da República em 2010, participou este sábado, 9, de caminhada em Niterói com o candidato à prefeitura da cidade pelo PT, Rodrigo Neves. Depois de uma semana de notoriedade por defender o julgamento de torturadores da ditadura, Tarso protagonizou quase uma campanha às avessas: era Neves que o apresentava aos moradores. Um homem, com alto-falante, andava cinco metros adiante dos dois, anunciando a presença do ministro. Os eleitores se aproximavam; alguns abraçavam Neves efusivamente e cumprimentavam o ministro. O candidato a prefeito, então, avisava: "Ele vai me ajudar muito na segurança". "Que bom que o ministro vai ajudar o novo prefeito se ele se eleger. Aqui a gente sai à noite, não vê policial, não vê nada. Só Deus ajuda", disse a dona de casa Maria Luísa Fernandes Dutra, de 62 anos. Neves e Tarso cumprimentaram lojistas e chegaram a entrar numa tradicional padaria do bairro de Icaraí. Em uma butique, as vendedoras soltaram gritinhos de entusiasmo com a chegada do candidato do PT, de 32 anos. Tarso foi o quarto ministro em quatro semanas a participar da campanha municipal em Niterói. Antes dele, estiveram na cidade o ministro da Igualdade Racial, Edson Santos, o do Meio Ambiente, Carlos Minc, e da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, Nilcéa Freire. Tortura e algemas O ministro Tarso Genro evitou comentar a defesa que fez da revisão da lei da tortura. "É mais uma tarefa de auxílio ao Secretaria Especial dos Direitos Humanos, Paulo Vanucchi, do que uma questão do Ministério da Justiça. Já falei desse assunto por um bom tempo." Tarso voltou a dizer que ficou satisfeito com a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) restringindo o uso de algemas. "A grande preocupação que eu tinha é que a decisão do STF hierarquizasse a atitude do agente. O advogado ou uma pessoa de relevância pública não seriam algemadas, por exemplo. Mas o Supremo teve cautela e sabedoria de editar uma orientação de que todos sejam tratados de maneira igual independente do estatuto social", afirmou Genro.

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