Genro: MP sobre bancos 'não invade a iniciativa privada'

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Por Vannildo Mendes
Atualização:

O ministro da Justiça, Tarso Genro, contestou os críticos da Medida Provisória (MP) 443, editada ontem pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que autoriza o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a adquirirem participação em instituições financeiras. A MP 443, na interpretação do ministro, "não é uma invasão das funções da iniciativa privada." Genro disse que a intenção do presidente Lula ao assinar a MP 443, não é, ao contrário do que afirmam seus críticos, a de permitir que o Estado substitua agentes privados, e sim a de corrigir eventual "desequilíbrio econômico" no sistema financeiro. A atitude do presidente, disse o ministro, é "absolutamente correta, fundada na visão estrutural das funções públicas do Estado." Ao falar com jornalistas após participar de seminário em um hotel de Brasília, Tarso Genro declarou que a MP 443 "não é uma invasão das funções da iniciativa privada, mas a afirmação para a sociedade de que se, em algum momento, alguém tiver um problema de desequilíbrio financeiro, o Estado manterá o circuito financeiro em funcionamento." "Portanto", afirmou o ministro da Justiça, "(a MP) vai manter o crescimento, o desenvolvimento e a distribuição de renda." Ele acrescentou que o Estado existe "para organizar a economia, para regular a sociedade e o circuito financeiro, não para substituir agentes privados, coisa que o presidente Lula não fez em nenhum momento."

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