
06 de abril de 2009 | 18h32
Aos policiais, Tarso afirmou que o tráfico de drogas no Rio de Janeiro "começa a aprofundar seus vínculos com as esferas da política e a produzir lideranças em diversos partidos políticos e setores ideológicos, que aparecem com uma força econômica excepcional nas campanhas eleitorais". No entanto, ao ser questionado por jornalistas no final da palestra, Tarso não quis comentar quais as comunidades e lideranças políticas teriam sido eleitas pelo crime organizado. "Não citaria nomes. No entanto, o crime organizado, não somente no Brasil, chega um determinado momento que ele ''transcresce'' em direção à política e cria quadros políticos", desconversou o ministro.
Tarso afirmou que o Rio de Janeiro é uma "batalha fundamental" na mudança do paradigma de segurança pública no País e demonstrou preocupação com o crescimento do consumo de crack nas favelas cariocas. "Hoje, com a multiplicação do crack, o exército de reserva do tráfico é reposto todos os dias. Os jovens vão morrendo e eles vão repondo. Há vagas sobrando para isso. É uma tragédia para nossa juventude e para estas comunidades", lamentou o ministro. A assessoria de Comunicação da Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro informou que o secretário José Mariano Beltrame estava viajando e não comentaria as declarações do ministro.
Tarso Genro comemorou os primeiros números da pesquisa do governo federal sobre o impacto do Pronasci na cidade de Santo Amaro, na Região Metropolitana de Recife. Segundo ele, houve diminuição de 50% no número de homicídios nos primeiros seis meses do programa na cidade, onde os investimentos do Pronasci são de cerca de R$ 70 milhões.
Encontrou algum erro? Entre em contato