Genérico contra câncer de mama é lançado no País

Por Agencia Estado
Atualização:

O laboratório Hexal lança hoje o segundo medicamento genérico no mercado brasileiro - o Citrato de Tamoxifeno, de 20 miligramas, para tratamento do câncer de mama. O preço do genérico nas farmácias será de, no máximo, R$ 69,60 - valor 53% inferior ao preço do remédio de marca, que é de R$ 147,38. A gerente de Desenvolvimento de Mercado da Hexal do Brasil, Telma Salles, informou que a administração do Citrato de Tamoxifeno evita a metástase e inibe a reincidência da doença em pessoas que não fizeram mastectomia. Em tratamento esses doentes devem usar um comprimido por dia durante 5 anos. De acordo com ela, as chances da doença reincidir chegam a quase zero. O primeiro medicamento lançado pelo Hexal no País foi o genérico do Prozac, cujo princípio ativo é a fluoxetina. Até o final de 2001, o laboratório pretende lançar mais 10 remédios genéricos para doentes cardíacos e pessoas que sofrem de hipertensão. Segundo o presidente do Hexal do Brasil, Reinhard Nordmann, o laboratório alemão produz 400 tipos de medicamentos em todo o mundo e, até o final de 2002, pretende comercializar 30 deles no mercado brasileiro. Desde que chegou ao Brasil, há dois anos, o laboratório já investiu R$ 6 milhões e emprega 130 funcionários. Nordmann avalia que, no próximo ano, a receita bruta local do Hexal chegará a R$ 100 milhões e, para 2003, estima um crescimento superior a 100%. No ano passado, o laboratório teve receita bruta de R$ 1,3 bilhão em todo o mundo. O crescimento global estimado para 2001 é de 30%. O investimento anual do Hexal em pesquisa chega a 15% do faturamento global. O lançamento do Citrato de Tamoxifeno acontece hoje no Instituto Brasileiro do Controle do Câncer (IBCC), em São Paulo, com as presenças do ministro da Saúde, José Serra, o diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Gonçalo Vecina Neto, e a gerente-geral de medicamentos genéricos da Anvisa, Vera Valente. O IBCC atende 12 mil pacientes de câncer por mês, dos quais 60% sofrem de câncer de mama.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.