BRASÍLIA - O ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, evitou comentar os pedidos de prisão de caciques peemedebistas feitos pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao Supremo Tribunal Federal. Ao deixar a reunião com líderes da Câmara, Geddel afirmou que não tinha "nenhuma avaliação" e que os pedidos não causavam "nenhum constrangimento".
Janot pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a prisão do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), do senador e ex-ministro do planejamento de Temer Romero Jucá (PMDB-RR) e do ex-presidente José Sarney (PMDB-AP), por tentativa de barrar a Operação Lava Jato. As informações foram divulgadas pelo jornal O Globo, nesta terça-feira, 7.
Questionado sobre a situação de Jucá, que deixou o ministério do Planejamento para dar esclarecimentos e afirmou que voltaria ao governo, Geddel disse que "não acha nada". "Estou aguardando os desdobramentos dos acontecimentos para eu poder achar alguma coisa", disse.
A postura de Geddel é semelhante à do ministro da casa Civil, Eliseu Padilha, que mais cedo evitou comentar o assunto. "Em um outro momento, talvez [comente os pedidos]. Agora, aqui, Olimpíada. Só quem pode responder é o Dr. Janot, ele sabe por que fez, o que fez, o que escreveu e o que pediu. Eu não sei nada", disse, após coordenar reunião ministerial para tratar dos Jogos Olímpicos.
Questionado sobre as implicações dos pedidos para o governo, Padilha respondeu: "Não sei nada, absolutamente nada".