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Gazeta Mercantil circula com edição reduzida

Por Agencia Estado
Atualização:

O jornal Gazeta Mercantil circulou nesta quinta-feira com 24 páginas, sem os cadernos diários Legal & Jurisprudência, Indústria & Serviços e Estado de São Paulo, várias colunas fixas, como Nomes & Notas, e editorias como Internacional. Os indicadores de moedas e mercados publicados na edição desta quinta referiam-se a cotações do dia 28 de janeiro, sem que essa informação fosse dada ao leitor. O diretor-presidente da Gazeta Mercantil, Luiz Fernando Levy, disse à agência de notícias Reuters que a precariedade da edição e o atraso da entrega do jornal às bancas e aos assinantes de deviam ao que classificou de "greve branca" dos funcionários. "Evidente que (isso) causou um atraso (na entrega do jornal aos assinantes), mas é que ele foi feito com muito pouca gente", disse Levy e justificou: "O que nós quisemos foi garantir ao assinante que o jornal circularia e foi o que fizemos". Levy, porém, admitiu à Reuters que os profissionais da Gazeta Mercantil estão sem receber salários. "Os salários atrasados são os de novembro e dezembro de 2001 e janeiro de 2002, bem como parte dos salários de dezembro de 2002 (que estão sendo pagos) e os vencimentos de janeiro de 2003", afirmou. Segundo o editor-executivo e representante da Associação de Funcionários e Fornecedores da Gazeta Mercantil, Paulo Totti, foi a falta de salários que levou vários funcionários a faltar. Com isso, disse ele, "o conteúdo da publicação entrou numa fase de inanição e os editores concluíram, na noite de quarta-feira (ontem), que não havia conteúdo suficiente para garantir a qualidade da publicação". Hoje (quinta), porém, disse Totti, muitos voltaram ao trabalho para garantir uma edição de melhor qualidade nesta sexta-feira. Segundo ele, o objetivo dos profissionais é manter um produto de qualidade enquanto prosseguem as negociações para recebimento dos atrasados.

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