PUBLICIDADE

Garotinho se diz fortalecido e pede impeachment de Lula

Ele conclamou "os companheiros do PMDB" a irem à convenção do partido no dia 13 de maio lutarem pela candidatura própria

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

Com 5,7 quilos a menos do que quando iniciou a greve de fome, sete dias atrás, pálido e desidratado, o pré-candidato do PMDB à presidência Anthony Garotinho disse neste domingo se considerar fortalecido politicamente. Falou com voz fraca, mas mostrando boa disposição psicológica, em rápida entrevista, deitado, devido à debilidade física, ao Estado, na sede do PMDB no Rio, cercado por cartazes com mensagens de seus filhos. Mudando o discurso, Garotinho conclamou "os companheiros do PMDB" a irem à convenção do partido no dia 13 de maio lutarem pela candidatura própria, e disse que gostaria de ir. Na sexta-feira, ele havia declarado não ter "mais ilusão" e que "só um milagre" salvaria sua candidatura. O ex-governador do Rio disse que terminará seu jejum se ganhar na Justiça o direito de resposta ao jornal O Globo, à TV Globo e à revista Veja. "Quero responder tudo. Só quero ter o mesmo espaço", afirmou Garotinho, que iniciou a greve de fome acossado por denúncias de irregularidades nas doações financeiras para sua campanha pré-eleitoral. Ele admitiu que empresas que doaram dinheiro à sua pré-campanha não funcionavam em seus endereços oficiais. Mas, tentou defender-se das acusações de fraude. "Não é empresa de fachada. Com a brecha em lei fiscal, a empresa abre escritório em um município e funciona em outro", afirmou. Também tentou justificar as contratações sem licitação realizadas pelo governo estadual do Rio de Janeiro, comandado por sua esposa, Rosinha Matheus. "A licitação em projetos especiais é dispensada pela lei 8.666", alegou. Ele teve reduzida a quantidade de soro que passou a ingerir a partir de quinta-feira, para normalizar sua freqüência cardíaca, que agora está quase normalizada. PT Garotinho concordou em dar entrevista para comentar as declarações do ex-secretário-geral do PT, Sílvio Pereira, ao jornal O Globo sobre o esquema de arrecadação do PT com o empresário Marcos Valério. "O mais grave é ele dizer que tem 100 Marcos Valérios por aí e que isso continua", disse Garotinho. "O que falta para pedir o impeachment do presidente? Todas as provas estão aí. Ele só diz ´eu não sabia´. Isso não é suficiente", afirmou.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.