Garotinho reforça campanha dentro do PMDB

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Por Agencia Estado
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O ex-governador do Rio, Anthony Garotinho, vai intensificar a campanha junto aos convencionais do PMDB a partir de fevereiro. O atual secretário de governo do Estado do Rio deixa o cargo na semana que vem e deverá aumentar o número de viagens que já vem fazendo por todo o País nos finais de semana, para conversar de perto com os cerca de 20 mil convencionais que vão definir a candidatura da legenda à presidência da República, no próximo dia 19 de março. Em entrevista em outubro do ano passado, reproduzida no jornal Chama, do PMDB, Garotinho deixou claro sua determinação: "Fiquei no PMDB por um motivo claro. Não quero ser candidato a presidente do Brasil, quero ser presidente do Brasil. Candidato já fui uma vez e tive 15 milhões de votos". O cientista político Marcos Figueiredo, do Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (Iuperj) diz que o desempenho de Garotinho nas eleições presidenciais de 2002, na qual alcançou 15% dos votos, fortalece a sua candidatura frente ao adversário Germano Rigotto, governador peemedebista do Rio Grande do Sul, nas prévias do partido. "Não há a menor dúvida que, se escolhido como candidato do PMDB, se o partido tiver candidatura própria, Garotinho pode embaralhar o primeiro turno das eleições", observa Figueiredo. Figueiredo lembra que o ex-governador tem forte penetração junto aos evangélicos e na camada de renda mais baixa da população que, ainda que ainda seja a principal sustentação do governo Lula, é também a mais desiludida e, portanto, mais aberta a mudanças. Para o sociólogo Lucinei Lucena, do Instituto Brasileiro de Pesquisa Social (IBPS), o futuro imediato de Garotinho dependerá da escolha do PMDB mas, caso venha a ser a opção da legenda, o ex-governador do Rio tem "um potencial muito grande". Na avaliação de Lucena, esse potencial está vinculado ao fato de o PMDB se apresentar como uma terceira via à polarização PSDB/PT que ocorre especialmente em São Paulo. "Mas há o restante dos Estados da Federação, onde necessariamente não há essa polaridade, esse é o ponto que está em aberto", acredita.

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