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Garotinho convida Alencar para vice

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Por Agencia Estado
Atualização:

O governador do Rio e presidenciável Anthony Garotinho (PSB) fez, em Uberlândia, Triângulo Mineiro - onde participou de reunião de lideranças estaduais do Partido Liberal - convite oficial ao senador mineiro José Alencar (PL-MG) para que seja seu vice na disputa pelo Palácio do Planalto. Garotinho também aproveitou a reunião com os integrantes do PL mineiro, para a qual fora convidado pelo presidente estadual do partido, o deputado Agostinho Silveira, para expor o desejo da executiva do PSB de fazer uma aliança com o partido de Alencar "do Oiapoque ao Chuí". "Queremos a coligação com o PL em todos os Estados, para a eleição de governadores, de deputados estaduais e federais, uma aliança sólida do Oiapoque ao Chuí", disse o governador, em discurso, acrescentando que a decisão de fazer o convite de público foi tomada após conversas com a Executiva Nacional do PSB, especialmente com o ex-governador Miguel Arraes. "E queremos o senador José Alencar como nosso vice nessa disputa", acrescentou. Os cerca de 300 membros do PL presentes ao encontro, realizado em um centro de convenções de Uberlândia, aplaudiram de forma discreta o governador fluminense, embora militantes do PSB, também no local, tenham feito muito barulho. Um dos motivos é que o próprio José Alencar, também em constante contato com o Partido dos Trabalhadores - que gostaria de tê-lo como vice na chapa de Luís Inácio Lula da Silva à Presidência ou como concorrente ao governo mineiro, em aliança com os petistas do Estado - adiantara, pouco antes da chegada de Garotinho, que pretende estudar melhor a conjuntura política para definir seu futuro. Após o convite, embora dizendo-se lisonjeado, Alencar lembrou que se considera um "soldado" do PL, partido no qual ingressou depois de divergências com líderes do PMDB mineiro, e que só analisará uma possível aliança com Garotinho se este for o desejo da Executiva Nacional de sua legenda. "Ainda não houve esse entendimento entre as Executivas do PSB e do PL", afirmou. "Se houver essa proposta, vou avaliá-la com apreço", afirmou. O senador também ressaltou que, embora pareça "utopia", "gostaria muito que houvesse uma coalização de forças ainda no primeiro turno" das eleições, reunindo Lula e Garotinho, entre outros candidatos de oposição. "No segundo turno, pelo menos, isso vai ter de acontecer; do contrário será como malhar em ferro frio", disse Alencar, para quem "o Brasil precisa começar a praticar a alternância de poder". Lula O senador mineiro, dono de indústrias de confecção e ex-presidene da Federação das Indústrias do Estado (Fiemg), não quis comentar, no início da tarde de ontem, declarações do petista Luís Inácio Lula da Silva em Porto Alegre, segundo as quais os empresários brasileiros são sonegadores. "Não li sobre isso ainda", disse. Já Garotinho considerou "muito infelizes" as palavras do possível adversário na disputa pela Presidência. "Pode ser que haja empresários sonegadores, mas a generalização é perigosa", disse. "Além disso, é preciso dizer os empresários brasileiros têm muita dificuldade em razão da alta carga tributária imposta pelo governo Fernando Henrique", prosseguiu. "O Lula precisa aprender que sem empresas não há empregos e que não vai ser ofendendo os empresários que vamos reverter o grave quadro em que nos encontramos", acrescentou.

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