Garotinho contraria PMDB e defende CPI do caso Waldomiro

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Por Agencia Estado
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O secretário de Segurança Pública, Anthony Garotinho (PMDB), defendeu hoje a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no Congresso para investigar o caso do ex-assessor parlamentar da Casa Civil, Waldomiro Diniz. ?Essa é a minha opinião: deve haver a CPI, eu defendo uma CPI. Não podem pairar dúvidas sobre o homem que ocupa uma sala a poucos metros da sala do presidente da República?, disse ele, referindo-se ao chefe da Casa Civil, ministro José Dirceu. Waldomiro foi presidente da Loterj durante a gestão de Garotinho como governador. Garotinho argumenta que, ao não permitir uma investigação conduzida pelos parlamentares, o governo compromete a imagem de Dirceu. ?Se for feita uma operação abafa, o maior prejudicado será o próprio ministro José Dirceu?, declarou o pemedebista. ?A CPI é um instrumento democrático, um instrumento da sociedade, do parlamento brasileiro para dirimir dúvidas e para colocar quem é culpado na cadeia e quem é inocente seguir a sua vida?, acrescentou. Mesmo contrariando a posição oficial adotada por seu partido, Garotinho disse não estar disposto a entrar em conflito com o PMDB, que integra a base governista e tem duas pastas no ministério de Lula. ?Nós não queremos entrar em conflito com o nosso partido, que já se posicionou contra a CPI. Mas também achamos que, para colaborar com o debate político, é nosso dever expor o nosso posicionamento: impedir esta CPI será muito prejudicial para o próprio governo.? O secretário viajou hoje para Brasília, para se reunir com a bancada de deputados federais do PMDB fluminense para ?unificar a posição? do grupo. ?Para o bem do próprio ministro José Dirceu, eu tenho uma reunião com a bancada de deputados federais do PMDB (fluminense). Há uma parte expressiva da bancada que defende a CPI, há uma outra que está reticente. Então, nós precisamos unificar nossa posição?, disse. O secretário se negou a responder se foi Dirceu quem intercedeu pela permanência de Waldomiro como presidente da Loterj por ocasião do rompimento entre Garotinho e o PT. Em diversas oportunidade, Garotinho já afirmou que a nomeação de Waldomiro se deveu a um acordo com o PT e também à amizade dele com o ministro. ?Não falo mais sobre esse caso pois há um procedimento investigatório feito pela polícia?, limitou-se a dizer.

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