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Garotinho ataca Lula e elogia Serra

Por Agencia Estado
Atualização:

Pré-candidato do PSB à Presidência da República, o governador do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho, atacou o petista Luiz Inácio Lula da Silva e elogiou um potencial candidato do governo em 2002, o ministro da Saúde, José Serra. Lula foi alvo de Garotinho por defender a CPMF até 2004; Serra foi aplaudido por propor a distribuição de remédios de graça para pacientes do Sistema Único de Saúde. Para o governador fluminense, Lula está sendo "incoerente" ao querer a manutenção da cobrança da CPMF até 2004, porque seu partido, o PT, condenava o imposto. "Não se pode ter um discurso quando se é oposição e depois mudar de opinião motivado pela disputa pela Presidência da República", disse Garotinho. Sobre Serra, ele afirmou que o ministro prepara uma "boa" proposta para a população. "Eu só lamento que ele tenha demorado tanto para anunciar a medida provisória", afirmou o governador, evitando classificar de "eleitoreira" tal medida. "Tudo que é bom para o povo merece elogio", acrescentou. De acordo com a MP sugerida por Serra, será criado o auxílio-medicamento, e o usuário do SUS poderá retirar o remédio de graça depois de apresentar receita médica em farmácias públicas e privadas. Garotinho desembarcou em Brasília para participar do 8º Congresso Nacional do PSB e foi recebido por dezenas de cabos eleitorais no aeroporto, destacados para os preparativos do provável lançamento de sua candidatura durante o encontro. Ele reconheceu que não conta com o apoio de todo o partido para disputar a eleição presidencial, mas garantiu que a oposição à sua candidatura é "normal". "No PSDB e no PT há divergências sobre o nome a ser lançado na eleição de 2002", disse. Entre os adversários de Garotinho, está o senador Saturnino Braga (PSB-RJ), que já aderiu à pré-candidatura de Lula. Segundo o presidente nacional do PSB, o ex-governador de Pernambuco Miguel Arraes, Saturnino terá de respeitar a decisão do partido depois da formalização da candidatura do governador à Presidência. "Após o Congresso, vamos analisar, oportunamente, este caso", afirmou Arraes, evitando comentar a possibilidade de o senador ser expulso da legenda. Para Garotinho, a situação de Saturnino tem de ser discutida internamente. Ele evitou, no entanto, manifestar-se sobre um eventual pedido de expulsão do senador.

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