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Garibaldi segue PSDB e critica Comissão do Orçamento

Por Cida Fontes
Atualização:

O presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), reforçou hoje o movimento pelo PSDB que denunciou supostas irregularidades na Comissão de Orçamento e pede mudanças no colegiado. "Não podemos ficar à mercê de uma Comissão de Orçamento que compromete o Congresso Nacional, compromete o Senado, a Câmara e compromete todos os parlamentares. Não estou dizendo que todos são responsáveis por isso que está havendo, mas são alguns que insistem em realizar determinadas manobras e comprometem a dignidade do Parlamento justamente numa hora em que estamos querendo restaurar a sua credibilidade perante a opinião pública", disse. O alvo da polêmica é o anexo de metas e prioridades que foi incluído no relatório final do Orçamento da União, aprovado pela comissão, que prevê recursos de R$ 534 milhões para obras nos Estados, com base em emendas de parlamentares. O anexo foi aprovado como emenda de relator, um procedimento que PSDB alegou ser irregular. A intenção de Garibaldi é votar o Orçamento na quarta-feira e, ainda na próxima semana, ele quer se encontrar com o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), para sugerir a criação de uma comissão para oferecer mudanças na tramitação do projeto. No ano passado, um grupo de parlamentares propôs um conjunto de alterações, inclusive a extinção da Comissão de Orçamento, mas nada saiu do papel. "A resolução que começou a vigorar ano passado já constituiu avanço mas não é suficiente", afirmou. O presidente do Senado alertou os parlamentares que se o Congresso continuar atrasando a votação do Orçamento ele será obrigado a enfrentar "uma enxurrada de medidas provisórias" para a liberação de recursos destinados a programas e compromissos do governo, inadiáveis. "O governo não vai mais esperar. Os recursos precisam ser liberados para as obras do PAC." Essa situação já está acontecendo e motivou a rebelião do PDT e da oposição na semana passada no Senado, recusando-se a votar uma medida provisória (MP) destinada a liberar créditos suplementares. A votação foi transferida para a terça-feira.

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