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Garibaldi quer investigação sobre construtora no Senado

Por Rosa Costa
Atualização:

O presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), vai pedir para o Ministério Público Federal (MPF) investigar os contratos da construtora Construssati com o Senado. A empresa pertence a André Scarassati, de 26 anos, filho do servidor aposentado da Casa José Alcino Scarassati, exonerado na semana passada do cargo de coordenador político do Ministério das Cidades depois que a Operação João de Barro, da Polícia Federal (PF), o apontou como suspeito de envolvimento no desvio de dinheiro de obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Mesmo sem dispor de estrutura, a Construssati fez do Senado seu principal canteiro de obras desde que foi criada, em 2003. André tinha apenas 21 anos. Nos cinco anos de atividades, e até março deste ano, foi com o Senado que a construtora fechou 70% de seus contratos: sete de um total de dez, segundo dados do Tribunal de Contas da União (TCU). Garibaldi disse que não pode condenar a empresa previamente, "mas quer que os contratos sejam investigados". "Eu até pediria ao Ministério Público para desdobrar essa investigação", afirmou, referindo-se à apuração já iniciada pela PF. A Construssati aparece como vencedora da licitação de R$ 5,5 milhões para construir 255 casas em Palmas, Tocantins. "Eu gostaria que o Ministério Público pudesse aprofundar (a investigação), inclusive com relação ao Senado", afirmou. ''Perfil de empreendedor'' Alcino atribui o êxito de seu filho na construção civil a seu "perfil de empreendedor". André nega ser "laranja" e atribui os contratos com o Senado a "facilidades" encontradas nos editais da Casa. "O Senado é o único órgão que nos editais pede o atestado do profissional, o resto pede, ainda, o atestado da empresa", alega. "A gente focou no Senado por conta desta exceção nos editais."

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