PUBLICIDADE

Garibaldi quer esclarecer denúncias contra Lobão Filho

PUBLICIDADE

Por Rosa Costa
Atualização:

O presidente do Congresso, senador Garibaldi Alves (PMDB-RN), afirmou hoje que as denúncias contra o suplente de senador Edison Lobão Filho (DEM-MA) - substituto e filho do senador Edison Lobão (PMDB-MA), que poderá assumir o mandato do pai, se este tomar posse no cargo de ministro de Minas e Energia - "precisam ser esclarecidas". Ao mesmo tempo, Garibaldi afirmou que "o Senado pode investigar" as acusações "e pode não investigar". Lobão Filho foi acusado, em 1999, de usar o nome de uma empregada doméstica como "laranja" para esconder dívidas de R$ 12 milhões. Em agosto, a Procuradoria-Geral da República enviou ao Senado cópia de uma ação sobre supostas irregularidades no processo em que empresas dele ganharam o direito de exploração de radiodifusão pela Rádio Curimã e TV Difusora, no Maranhão. Lobão Filho nega que tenha havido ilegalidades. Na noite de hoje, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebe Lobão, no Palácio do Planalto, para uma conversa em que decidirá se o convida ou não para ser ministro. Segundo o presidente do Congresso, no reinício dos trabalhos legislativos, em fevereiro, a Casa analisará os esclarecimentos prestados pelo senador do PMDB do Maranhão e pelo suplente dele para ver se "dão conta das denúncias". Garibaldi afirmou: "Cada caso é um caso; não podemos nos precipitar. A Casa é que dirá como deverá ser esse procedimento." De acordo com ele, Lobão Filho tem a vida "varrida" por denúncias que são publicadas na imprensa. "Essas denúncias não foram carimbadas por uma instituição como o Ministério Público (MP), mas claro que precisam ser esclarecidas", disse. O presidente do Senado afirmou ainda que o episódio não é suficiente para a adoção de processos individuais com o objetivo de alterar a substituição de Lobão pai por Lobão Filho. Lula Garibaldi disse que não se trata de comemorar a escolha do senador do PMDB para ministro, e sim de aguardar a confirmação dele por Lula, hoje. Sobre se a possível escolha de Lobão lhe agradava, respondeu: "Eu não iria comparecer ao Palácio do Planalto, juntamente com todas as lideranças peemedebistas, para fazer a indicação do senador Lobão, se eu não acreditasse que ele vai fazer o que precisa ser feito." O senador do PMDB do Rio Grande do Norte referia-se ao fato de ter participado do grupo de dirigentes peemedebistas que estiveram no palácio para indicar ao presidente o nome de Lobão.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.