PUBLICIDADE

Garibaldi não convoca comissão para examinar aumento de imposto

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

O presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), decidiu que não irá convocar a Comissão Representativa do Congresso para examinar as medidas anunciadas pelo governo para compensar o fim da CPMF. A oposição queria examinar as elevações de impostos anunciadas na última semana, e, mais cedo, o senador Álvaro Dias (PSDB-PR) protocolara dois projetos de decreto legislativo para tornar sem efeito as medidas. Sob a argumentação de que elevação de impostos é competência do Congresso, Dias propôs sustar o aumento de alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e da Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL). Além disso, o senador tucano registrou outro projeto de decreto legislativo para que, caso a Comissão Representativa do Congresso fosse convocada e sua proposta, derrotada, ela voltasse a ser votada no início do ano legislativo. "O governo traiu a oposição. O mínimo que o Congresso tem a fazer agora é reagir", afirmou Dias a jornalistas. A Comissão Representativa é formada por 16 deputados e sete senadores que ficam de plantão durante o recesso parlamentar. O governo tem maioria na comissão. "Essa coisa de maioria do governo, tanto na comissão quanto no Congresso, é irreal. Eu quero ver a Câmara aprovar aumento de imposto em ano eleitoral com 150 deputados candidatos", disse o presidente do PSDB, Sergio Guerra, que acompanhou Dias à Secretaria Geral do Senado. A elevação da alíquota da CSLL para os bancos foi instituída na última semana pelo governo por Medida Provisória e o aumento do IOF, por decreto. (Texto de Mair Pena Neto, Edição de Isabel Versiani)

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.